GILVAN: "NÃO CONSEGUIRIA MONTAR UM TIME COM 10 MILHÕES E MAIS TRÊS JOGADORES"

POR: JOÃO VITOR VIANA

Uma entrevista do presidente Gilvan de Pinho Tavares chamou minha atenção, hoje, no jornal O TEMPO. Segundo o presidente, a proposta de 10 milhões de euros mais três jogadores do São Paulo não seriam suficientes para fazer um time competitivo. "O torcedor acha que com essa oferta teríamos um time competitivo. Isso não é verdade. O dinheiro seria usado para pagar dívidas e folha salarial. Ficaríamos sem dinheiro e sem jogador", afirmou ao jornal.

Fico me perguntando: R$ 24 milhões mais 15 milhões que o time recebe em média de patrocínio, mais cota de televisão, mais renda de jogos não seriam suficientes para montar um time competitivo? Esse time atual que o presidente montou, que ele diz ser competitivo, custou quanto então?

A cada entrevista do nosso presidente, uma gafe. É impressionante! 

Na época, em princípio, fui contra a venda de Montillo. Mas pensar que o São Paulo pôs à disposição jogadores como Casemiro, Marllos, Rodolpho, entre outros, é para se pensar seriamente. Olha só quem veio depois para o Cruzeiro: Sandro Silva, Willian Magrão, Rafael Donato, Mateus...

Sinceramente, se pintar uma proposta parecida com essa, o que deve ocorrer pelo que falam em Rio e São Paulo, seria um crime não negociar. Montillo já tem 28 anos e, a partir de agora, seu valor de mercado só cai. Se é a única alternativa para montar um time competitivo no ano que vem sem ficar refém de parceiro, que se faça. E que tragam peças para qualificar esse elenco que, nos últimos anos, tem se mantido no mesmo nível, um baixo nível por sinal.

No Brasil, o Marketing dos clubes é pouco explorado e em Minas é nulo. No Cruzeiro, as ações de Marketing se baseiam em dar brindes, promover alguns autógrafos e distribuir panfletos. Marketing é o setor de uma empresa capaz de gerar recursos. E no Cruzeiro isso não é feito. Aliás, feito de maneira muito equivocada. Depois vem presidente falar que Minas recebe menos que Rio e São Paulo. Só para lembrar que o Inter não pertence ao eixo e paga R$ 700 mil para o D'Alessandro. Que o Grêmio também não é do eixo e paga R$ 400 mil para Kléber. E aí, presidente, vai gaguejar de novo? Que tal umas aulas particulares com os competentes gestores do Sul?