Titular absoluto da meta celeste, o camisa 1 deverá
entrar em campo contra o São Paulo, domingo, pelo Brasileirão, e chegar a
essa marca expressiva diante do Cerro Porteño, na quarta-feira. "A
expectativa é boa, porque vem sempre uma história, desde o primeiro dia
em que eu pisei aqui na Toca da Raposa para assinar o contrato, vem toda
essa lembrança de uma passagem importante da minha vida", disse.
"São quase dez anos diretos no Cruzeiro. É sempre bom. Ficar marcado em
um clube tão importante como o Cruzeiro, com uma torcida apaixonada,
marcado por conquistas. Eu levo com tranquilidade, empenho e nesses
jogos quero fazer o mais importante que é ajudar o Cruzeiro a conquistar
as vitórias. Isso já me deixa super feliz. E, na sequência, estar sendo
o goleiro que mais vezes vestiu a camisa do Cruzeiro", acrescentou
Fábio.
Natural da cidade de Nobres, no Mato Grosso, o arqueiro
garante que nunca havia imaginado se tornar um jogador quando criança.
Porém, ficou feliz com o destino que teve na vida e se mostra agradecido
por ser um dos jogadores mais importantes na história do clube mineiro e
um dos maiores ídolos dos torcedores.
Esse reconhecimento vem
até mesmo de quem já esteve na mesma posição de Fábio e hoje torce pelo
êxito do seu sucessor. "Nunca falei sobre isso com o Raul (Plassmann),
mas sempre que ele me encontra fala que está chegando. A gente sempre
brinca, mas eu nunca fiquei com esse pensamento fixo que tenho que
alcançar, que tinha que passar. Foi tudo de forma natural, parece que
foi ontem que cheguei ao Cruzeiro", afirmou capitão celeste.
Fábio teve uma breve passagem pelo Cruzeiro entre 1999 e 2000, ainda no
início de carreira, quando estreou pelo clube em um amistoso contra o
Universal-RJ, com vitória por 2 a 0. Mas a atual e duradoura trajetória
começou em 2005, quando o goleiro foi bastante contestado pelos
torcedores logo na perda do título estadual para o Ipatinga e conseguiu
dar a volta por cima.
Para o arqueiro celeste, o segredo é a
perseverança e o empenho, que ele espera que sirva de exemplo para os
mais jovens. "É difícil permanecer esse tempo todo, a cobrança é grande,
ninguém me deixou aqui porque sou bonzinho. Se não tivesse rendendo já
tinham me mandado embora", afirmou. "Quem me vê treinar esses anos todos
vê a dedicação, porque independentemente dos jogos e tempo no Cruzeiro,
meu treinamento nunca mudou em nada", complementou.
Com
contrato no clube até 2016, Fábio tem boas perspectivas de ultrapassar
até mesmo Zé Carlos, que tem 633 jogos disputados, e se tornar o jogador
que mais vezes vestiu a camisa celeste. "Acho que são coisas naturais
que tem que trabalhar e dedicar cada vez mais. Quando trabalha correto,
Deus vai trilhando nosso caminho e, se for da vontade Dele, de eu
permanecer, vai acontecer como das outras vezes", ressaltou.
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