O técnico Marcelo Oliveira ainda não definiu se utilizará os
titulares ou se mandará a campo um time reserva contra o São Paulo,
domingo, às 16h, no Parque do Sabiá, em Uberlândia, pensando no duelo
contra o Cerro Porteño pela Libertadores, no próximo dia 30. Porém,
independentemente da equipe, o Cruzeiro terá o desafio de quebrar um
tabu de quase dez anos sem vencer o São Paulo como mandante pelo
Brasileirão.
O time tricolor é uma espécie de pedra no sapato da
equipe celeste na maior competição do País. A última vitória como
anfitrião diante do São Paulo pelo Nacional ocorreu em 23 de maio de
2004. Na ocasião, o time mineiro venceu por 2 a 1, no Mineirão, com gols
Jardel e Dudu. Gabriel descontou para os visitantes. Rogério Ceni é o
único jogador que esteve em campo.
Desde então, o Cruzeiro já
recebeu o rival em outras nove ocasiões e nunca conseguiu conquistar os
três pontos. O time possui péssimo retrospecto diante dos paulistas
mesmo atuando em seus domínios, com seis derrotas e apenas três empates
neste período. Foram 12 gols marcados e 22 sofridos.
Até mesmo
no ano passado, a equipe campeã brasileira foi vítima do rival. Os
comandados de Marcelo Oliveira conseguiram quebrar um longo jejum de
vitórias sobre o rival no Brasileirão ao vencer por 3 a 0 fora de casa,
no primeiro turno, mas foram surpreendidos dentro de casa mesmo
atravessando uma fase melhor e acabaram derrotados por 2 a 0, em pleno
Mineirão.
Se colocar na conta todas as competições, a última
vitória sobre os são-paulinos como anfitrião ocorreu em 2009, quando o
Cruzeiro bateu o rival por 2 a 1, no Mineirão, pela Libertadores. Na
ocasião, o time venceu também fora de casa e avançou às semifinais.
Porém, naquele mesmo ano perdeu os dois confrontos pelo Brasileirão.
O retrospecto geral também aponta ampla vantagem do São Paulo. Em 70
jogos entre as equipes, os mineiros venceram apenas 17 vezes, empataram
outras 20 e foram derrotados em 33 ocasiões, um aproveitamento de apenas
33,8% dos pontos. No Brasileirão o rendimento é ainda pior, com apenas
28,2%, com dez triunfos, 14 igualdades e 28 revezes.
E neste
domingo o time celeste deverá enfrentar dificuldades mais uma vez.
Cumprindo punição de perda de campo imposta pelo Superior Tribunal de
Justiça Desportiva (STJD) em função de briga entre torcedores no
clássico contra o Atlético-MG, pelo Brasileirão do ano passado, o time
não poderá jogar no Mineirão e terá que mandar a partida em Uberlândia,
no Parque do Sabiá.
Ao contrário do Mineirão, em que teria a
presença esmagadora da torcida, é possível que veja o seu adversário
levar mais público ao estádio, até mesmo pelo começo empolgante do
tricolor, com vitória de 3 a 0 sobre o Botafogo, e a forte presença de
são-paulinos na região.
Já visando essa partida e a tentativa de
quebrar o incômodo tabu, os jogadores se reapresentam na manhã desta
quarta-feira na Toca da Raposa II. O técnico Marcelo Oliveira avaliará a
situação dos atletas para definir a equipe. A intenção do comandante é
escalar os titulares, mas ele poderá preservar alguns jogadores, como o
atacante Willian, que sofreu uma entorse no tornozelo esquerdo, pensando
no duelo contra o Cerro Porteño.
O Cruzeiro enfrenta os
paraguaios na próxima quarta-feira, dia 30, em Assunção, pelo jogo de
volta das oitavas de final a Libertadores. Como empatou a primeira
partida em 1 a 1 jogando dentro de casa, o time celeste precisa vencer o
rival fora para se classificar. Desde que marque dois gols ou mais, a
equipe também poderá empatar para avançar às quartas de final.
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