terça-feira, 15 de abril de 2014

SEQUÊNCIA BOA


Se o goleiro Fábio não levar nenhum gol contra o Cerro Porteño-PAR, na noite desta quarta-feira, no Mineirão, o capitão celeste igualará uma marca histórica. A equipe celeste está há quatro jogos sem ser vazada (Universidad de Chile, Atlético-MG, Real Garcilaso e Atlético-MG). Caso o time paraguaio não balance as redes, o goleiro vai repetir sua maior sequência debaixo das traves do Cruzeiro, que foi em 2012, quando a equipe comandada por Adílson Batista ficou cinco jogos sem sofrer gols.

Fábio não sabia da marca que pode alcançar contra o Cerro Porteño, nesta quarta-feira, no Mineirão, às 22h (de Brasília), pelo jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. O goleiro acredita que o período sem levar gol dá confiança para o sistema defensivo e para a equipe como um todo. O capitão celeste dividiu o mérito com todo o time comandado por Marcelo Oliveira.

- É sempre bom não tomar gols, a gente sempre busca alcançar esses reconhecimentos. Agora esse número é novidade, eu não sabia, até porque não me atenho muito a isso. Sabemos que é difícil, e não depende só de mim não tomar gol, mas sim do grupo todo, cada um fazendo a sua função concentrado em todos os aspectos, para que não sejamos pegos de surpresa. Ficar esse tempo todo sem tomar gol concretiza o trabalho de todos, e que a gente possa estender essa marca. A gente fica muito feliz com o desempenho de todos na defesa, recompondo a marcação. É um trabalho que o entrosamento é fundamental para confiamos um no outro. 

Em nove anos de clube, Fábio teve quatro boas sequências de jogos sem levar gols. Em 2005, duas vezes, em 2009 e em 2010, o goleiro celeste ajudou o Cruzeiro a manter o time sem levar gols durante quatro jogos seguidos. A marca já foi igualada com o empate sem gols contra o Atlético-MG, no último domingo, no Mineirão, que deu o título do Campeonato Mineiro 2014 à Raposa.

A maior sequência de Fábio sem tomar gols com camisa do Cruzeiro foi no ano de 2012, com cinco partidas. As partidas foram válidas pelo Campeonato Mineiro e pela Copa do Brasil. No dia 16 de fevereiro daquele ano o Cruzeiro venceu o Nacional-MG, em Divinópolis, por 4 a 2. Depois disso, foram vitórias de 2 a 0 sobre o Democrata, de Governador Valadares, 2 a 0 sobre o América, de Teófilo Otoni, 6 a 0 sobre o Rio Branco, do Acre (jogo válido pela Copa do Brasil), 2 a 0 sobre o Villa Nova-MG e uma goleada por 5 a 0 sobre a Caldense, em Poços de Caldas. Na sequência, no dia 25 de março de 2012, a Raposa bateu o América-MG por 2 a 1, na Arena do Jacaré, e Fábio levou um gol de Alessandro ao 21 minutos do primeiro tempo, que acabou com a invencibilidade.

Nesta temporada, Fábio soma quatro partidas sem ser vazado. A última vez foi contra o Boa Esporte, pelo segundo jogo da semifinal do Campeonato Mineiro, no Mineirão, quando o goleiro tomou um gol de falta de Mateus. Depois disso, a equipe celeste teve dois empates sem gols com o Atlético-MG, pela final do estadual, e duas vitórias na Libertadores, contra o Universidad de Chile, por 2 a 0, e contra o Real Garcilaso, também por 2 a 0. 

Fábio x Cerro Porteño

Cruzeiro e Cerro Porteño se enfrentaram apenas uma vez na história, em 2008. O confronto ficou marcado por cenas lamentáveis na partida do Defensores del Chaco, em Assunção, pela Libertadores e Fábio estava presente. O jogo foi válido pela primeira fase da competição sul-americana, chamada de pré-Libertadores. A primeira partida aconteceu no dia 30 de janeiro de 2008, no Mineirão. O time celeste venceu por 3 a 1, com dois gols de Ramires e um de Marcelo Moreno. 

No jogo da volta, em Assunção, o Cruzeiro saiu na frente do placar com um gol de Thiago Heleno, aos cinco minutos do primeiro tempo. No final da primeira etapa, Alvaréz empatou um chute na saída do goleiro Fábio, aos 42’. No segundo tempo, Ramires sofreu um pênalti que Marcelo Moreno converteu com precisão. Em um cruzamento de Wagner, Ramires ampliou para o time mineiro, mas o Cerro diminuiu, novamente com Alvaréz. 

No entanto, por volta dos 25 minutos do segundo tempo o jogo teve um triste desfecho. O árbitro chileno, Carlos Chandia, que já havia paralisado o jogo por questões de segurança, deu a partida por encerrado porque a torcida paraguaia arremessava pedras e garrafas no gramado. Como já haviam se passado mais de dois terços do tempo de jogo, o resultado de 3 a 2 para o Cruzeiro foi mantido e o time mineiro avançou para a fase grupos. Naquele ano, a Raposa foi eliminada nas oitavas de final pelo Boca Juniors.

FONTE: GLOBOESPORTE

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